Uma pesquisa publicada no site Nature Climate Change, apontou que durante os próximos 300 anos, a temperatura média do planeta pode aumentar em até 9,5ºC se a população mundial resolver consumir todas as reservas de combustíveis fósseis existentes.
No final de 2015, foi firmado o Acordo de Paris, que prevê uma série de atitudes que limitarão o aumento da temperatura em até 2º. Mesmo assim, a pesquisa revelada tem feito governantes de todos os lugares do mundo se preocuparem e levarem em consideração as impactantes transformações climáticas que o mundo tem sofrido nos últimos anos, onde se registrou o aumento de 1º na temperatura, por exemplo.
O Sudeste, que é uma região com clima tropical característico, possui grandes períodos de chuva, muita poluição e temperatura que oscila entre 20ºC e 24ºC. Se o termômetro fosse elevado para uma temperatura média de 33,5ºC, o que seria de sua população? Com certeza a qualidade de vida seria precária, isso se a natureza conseguisse sobreviver a todas as transformações e consequências desse fenômeno.
O estudo
O estudo foi liderado por Katarzyna Tokarska e dirigido por uma equipe de cientistas da Universidade de Victoria, onde realizaram uma série de testes computadorizados simulando uma grande variação climática na Terra, expondo o planeta a um ritmo de máxima produção dos gases-estufa.
Os especialistas usaram 4 modelos globais do clima de último tipo, para chegar aos cálculos apresentados na pesquisa. Os modelos são os mesmos que foram usados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) em seu último relatório, de 2013. A pesquisa girou em torno de uma simulação até 2300, adotando um cenário climático hipotético.
A simulação calculou um mundo com temperatura média de 9,5ºC mais quente, o que significaria o derretimento de todo o gelo existente no planeta. Essas informações, mostram a razão para que os governantes acelerem a padronização das atividades a um consenso comum de produção.
O Acordo de Paris e o Brasil?
Conforme citado acima, o Acordo de Paris tem como principal objetivo limitar a elevação da temperatura. Com isso, diversos países se comprometeram a reduzir as emissões de gases efeito estufa nos próximos anos.
O Brasil é um dos 10 maiores emissores de gases efeito estufa do mundo, e em setembro de 2015, a presidente Dilma Rousseff apresentou a promessa do Brasil na Assembleia Geral da ONU, onde inclui a redução de 37% nas emissões até 2025, e de 43% até 2030, se baseando nos níveis registrados em 2005.
As regras estabelecidas pelo Acordo de Paris começam a valer só a partir do ano de 2020, enquanto isso, os países signatários adequam-se aos novos moldes acordados, e novas nações interessadas, poderão assinar a favor da iniciativa até 2017.