Apesar de muitas pessoas ainda associarem esse nicho da arquitetura com construções sóbrias e com formato retangular, nos últimos tempos os projetos industriais também se modernizaram e estão cada vez mais interessantes. Afinal, já conseguem combinar a funcionalidade, característica essencial da área, com a estética.
Porém, o caminho até aqui não foi fácil e os profissionais
passaram por adaptações constantes para se manterem inseridos no mercado. Quer
saber mais sobre o assunto? A seguir você descobre o que é a arquitetura de
projetos industriais e ainda vai conferir uma linha do tempo contando um pouco
da história dessa vertente da arquitetura.
O que é a arquitetura de projetos industriais?
A arquitetura de projetos industriais é o resultado da industrialização e mecanização que ocorreram em nível mundial, devido a Revolução Industrial. Durante a segunda metade do século XVIII, ocorreu um grande avanço tecnológico e a produção industrial ganhou força. Com isso, surgiu a arquitetura de projetos industriais: um nicho da arquitetura voltado para a elaboração de projetos para indústrias e fábricas.
Existe uma grande variação de tipos de construções industriais, como refinarias, instalações de fabricação, usinas, armazéns, hangares, entre outros. Sendo que, boa parte delas ainda possui estruturas básicas, com linhas retas, característica herdada do estilo moderno.
Exemplos como esses podem ser encontrados em todos os países
e, geralmente, ficam afastados das regiões centrais, se agrupando em áreas
conhecidas como “parque industrial” ou derivados. Porém, de uns tempos para cá,
os profissionais da área têm buscado novas referências no mercado,
projetando prédios cada vez mais modernos.
Linha do tempo: a evolução da arquitetura de
projetos industriais
Antes de 1800
Antes da Revolução Industrial, a arquitetura tinha características
ornamentais. Afinal, as construções realizadas na época eram basicamente
para igrejas, para o serviço militar e para moradias.
Século XIX
Com a evolução tecnológica que causou a Revolução Industrial, as construções sofreram alterações estéticas. Novas necessidades surgiram e, com elas, novas técnicas. Os profissionais da época, inclusive, tiveram que se adaptar não somente a realizar projetos para indústrias, mas também para residências dos operários, um público completamente diferente.
A época deu início às plantas simples e aos projetos
retangulares. Dentre os materiais mais utilizados, se destacavam:
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Tijolos;
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Pedras;
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Telhados de madeira;
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Paredes internas de gesso.
Início do século XX
O século XX é conhecido como o auge da arquitetura industrial, devido aos novos designs que surgiram na época. Nesse período, os profissionais buscavam realizar projetos alinhados com a identidade visual da empresa em questão, mas mantendo a funcionalidade do espaço. Afinal, o mais importante era que os ambientes estivessem de acordo com as atividades realizadas no local. Com relação aos materiais mais utilizados nas construções, se destacavam o metal e o concreto.
1945 – pós-Segunda Guerra Mundial
Após a Segunda Guerra Mundial, a estética voltou a ter menos espaço na arquitetura de projetos
industriais. Umas das razões para isso foram os valores dos projetos. Com a
guerra, as empresas tinham dificuldade para investir em projetos mais
elaborados, dando preferência para opções simples e baratas. Com isso, a
arquitetura perdeu espaço e soluções pré-fabricadas passaram a ser
utilizadas com maior frequência.
1990
O cenário só voltou a mudar a partir da década de 1990, quando as construções voltaram a ter uma preocupação estética maior. Além disso, a arquitetura de projetos industriais passou a levar em consideração o bem-estar dos funcionários, buscando soluções para mantê-los confortáveis dentro do espaço de trabalho.
Atualmente
Nos últimos tempos, podemos citar dois aspectos importantes da arquitetura industrial. A primeira delas é o fato de que os projetos dessa área têm servido de inspiração para espaços comerciais, lofts e até mesmo residências. E a segunda é o número crescente de construções do meio que tem utilizado a arquitetura bioclimática.
Com isso, independente do tamanho, os projetos têm como foco
o respeito à natureza e sociedade.
Novas soluções surgiram com o objetivo de utilizar os recursos naturais de
forma inteligente e eficaz. Esse é o caso, por exemplo, da iluminação natural e ventilação higiênica, que aproveitam a luz
solar e o arexterior, recursos gratuitos e inesgotáveis.
Qual é o papel do arquiteto?
O uso irresponsável dos recursos naturais é uma das grandes preocupações da sociedade atualmente. Sendo assim, é papel do arquiteto encontrar as melhores soluções para que o design seja funcional para a empresa e, ao mesmo tempo, sustentável. Ou seja, seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento da indústria, sempre respeitando o meio ambiente e a comunidade.
Para que isso seja possível, várias questões precisam ser
levadas em consideração, como:
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Terreno;
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Condições climáticas;
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Ventilação;
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Iluminação;
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Segurança;
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Conforto;
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Fluxo de pessoas e máquinas.
Ou seja, a arquitetura de projetos industriais praticada
atualmente é a prova de que é possível manter a praticidade e eficiência,
conferindo um toque de elegância às construções. Sem deixar de lado, é claro,
soluções para garantir que o negócio tenha um desenvolvimento sustentável.
Podendo, como consequência, se destacar no mercado ao se tornar uma empresa
ESG (Environment, Social and Government) e até mesmo conquistar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
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