Usina solar flutuante no Brasil

Com o mundo mais sustentável, o Brasil está buscando alternativas de fontes renováveis para gerar energia. Esses recursos podem auxiliar na economia e na preservação do meio ambiente.

Pensando em investir na geração híbrida de energia para maior eficiência energética e redução de custos, o Ministério de Minas e Energia criou o projeto piloto de uma Usina Solar Flutuante, que segundo a Eletrobras, é a primeira no mundo. O sistema já é utilizado em outros países, mas pela primeira vez foi implantado em cima de um reservatório hidrelétrico, com o objetivo de reaproveitar duas fontes diferentes de energia, a hídrica e a solar, utilizando uma única infraestrutura.

A usina solar flutuante será construída até 2017, no reservatório da Eletronorte de Balbina, município de Presidente Figueiredo, a 107 km de Manaus. Utilizando tecnologia francesa de flutuadores, ela terá capacidade de gerar 5 megawatts, o que será suficiente para abastecer cerca de 9 mil casas. A primeira etapa da construção acontece com a instalação de 1 MW, e na segunda, serão instalados os 4 MW restantes, para então, serem feitos testes e avaliações sobre o seu funcionamento.

Segundo Ministro Eduardo Braga, o principal objetivo é reaproveitar os reservatórios e a infraestrutura das hidrelétricas brasileiras, principalmente, nas que estão com baixa capacidade de geração de energia, como é o caso de Balbina.

José da Costa, presidente da Eletrobras, disse que a redução dos custos a partir da geração de energia solar, pode ser comparada com a termoelétrica: “Ainda é difícil avaliar em quanto pode ficar a redução, mas de qualquer maneira, a gente sabe que pode ter uma redução substancial. Hoje, a participação da solar na matriz energética brasileira é muito pequena, mas a gente julga que nos próximos anos ela vai subir e pode chegar a até 10% ou mais. Cada vez mais estes painéis estão reduzindo [preço], então a energia solar vai ficar muito barata e então esta economia vai ser repassada para as tarifas que beneficiam o consumidor brasileiro”, afirmou o presidente.

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Exemplo de plataforma solar flutuante no Japão. (Fonte: aqui)

Tecnologia

Foram instalados 16 painéis fotovoltaveis no lago da hidrelétrica de Balbina, o que corresponde a 65 metros quadrados. Até o final do projeto serão instaladas 20 mil placas fotovoltaicas para produzir os esperados 5 megawatts.

Segundo Orestes Gonçalves, diretor da Sunlution, empresa responsável pela construção da usina, a geração solar flutuante é uma inovação com tecnologia francesa, e as placas fotovoltaicas captam a radiação solar. “A placa tem um cilício, que, por movimento, produz energia que é transferida por cabos até o eletrocentro, duas caixas vermelhas. Estas caixas transformam energia de corrente contínua para corrente alternada, para entrar para o Sistema Nacional, que é a subestação da usina e dela vai para as residências”, explicou.

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